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EAD: UMA REVOLUÇÃO NA DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO E NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

EAD: UMA REVOLUÇÃO NA DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO E NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Foto: google divulgação

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O Ensino a Distância (EaD) tem se consolidado como uma ferramenta essencial para democratizar o acesso à educação no Brasil. Com mais de 30 anos de história, a modalidade já abrange 4,9 milhões dos 9,9 milhões de universitários no país, destacando seu papel na ampliação das oportunidades educacionais e na formação de profissionais qualificados. Nos últimos anos, o EaD tem se mostrado uma alternativa flexível e acessível para milhares de brasileiros que buscam melhorar suas condições de vida e inserir-se no mercado de trabalho, desempenhando papel crucial no fortalecimento da mobilidade social.

 

Para aprofundar a compreensão sobre esse impacto, uma pesquisa inédita do Instituto Yduqs, encomendada à Plano CDE, traçou o perfil do estudante de ensino a distância no Brasil. Realizada com alunos que prestaram o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em 2021 e 2022, a pesquisa revela que o perfil do estudante de EaD está cada vez mais diversificado, refletindo as transformações sociais do país.

 

"O EaD representa uma verdadeira revolução na forma como a educação chega à população brasileira. Ele elimina barreiras geográficas e financeiras, oferecendo a milhares de brasileiros a oportunidade de conquistar um diploma universitário e melhorar suas condições de vida, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento do país", destaca Cláudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs.

 

A flexibilidade oferecida pelo EaD é especialmente importante para o perfil dos estudantes dessa modalidade, que muitas vezes têm responsabilidades familiares e profissionais que exigem uma educação mais adaptada às suas rotinas. Segundo a pesquisa, 60% têm mais de 30 anos e muitos conciliam os estudos com a vida profissional. Sete em cada dez estudantes de EaD trabalham 40 horas semanais, demonstrando seu comprometimento com a educação. O estudante típico de EaD, em sua maioria, retoma os estudos anos após concluir o ensino médio, sendo que 59% finalizaram essa etapa há mais de 10 anos (contra 32% da modalidade presencial). Além disso, 11% cursaram a Educação de Jovens e Adultos (EJA), e 59% vivem com cônjuges ou filhos, em contraste com 23% no ensino presencial. Esses

 

dados refletem um público que equilibra múltiplas responsabilidades e, sem a flexibilidade do EaD, teria menos acesso ao ensino superior.

 

Além de atender aqueles que precisam conciliar os estudos com o trabalho e a família, o EaD se mostra uma alternativa viável para estudantes oriundos de contextos educacionais mais desafiadores. Cerca de 82% dos alunos de EaD concluíram todo o ensino médio em escolas públicas e pertencem, em sua maioria, às classes de renda média-baixa e baixa. Muitos desses alunos são os primeiros de suas famílias a ingressar no ensino superior e cerca de metade contribui ou é a principal fonte de renda de suas casas, reforçando o impacto da modalidade na inclusão de grupos que, de outra forma, estariam afastados do ensino superior. Em muitos casos, a busca pelo conhecimento vai além da realização pessoal, funcionando como uma estratégia para melhorar as condições de vida da família.

 

A pesquisa também reforça que a escolha do curso a distância é uma estratégia para o crescimento profissional e inserção no mercado. Quando perguntados sobre as principais razões para a escolha de um curso a distância, metade apontou esses dois fatores como um os principais motivos, sendo 30% a inserção no mercado de trabalho e 20% a valorização profissional. Além disso, o custo mais acessível das mensalidades é o principal fator na escolha da instituição de ensino que oferece a modalidade. Ao tornar a educação superior financeiramente viável, as universidades privadas têm ajudado a transformar a vida de uma parcela significativa da população.

 

"O EaD não é apenas um modelo de ensino, mas uma ferramenta essencial para a mobilidade social. Ele permite que pessoas de diferentes origens e contextos se qualifiquem para o mercado de trabalho, alcançando o sucesso profissional e pessoal, independentemente das dificuldades econômicas ou logísticas", ressalta Cláudia.

 

Recentemente, o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o percentual de pessoas com 25 anos ou mais com ensino superior completo quase triplicou entre 2000 e 2022. Em 2000, apenas 6,8% das pessoas dessa faixa etária haviam concluído a graduação. Em 2010, esse percentual subiu para 11,3% e, em 2022, atingiu 18,4%. Programas como o Fies e o Prouni contribuíram para esse crescimento, assim como a expansão do EaD. No entanto, apesar desse avanço, o Brasil ainda tem um nível educacional inferior ao de outros países com desenvolvimento semelhante.

 

Diante desse cenário, o Ensino a Distância se apresenta como uma solução eficaz para democratizar o acesso à educação no Brasil, abrindo novas possibilidades para quem antes via o ensino superior como um sonho distante. Com flexibilidade, acessibilidade financeira e a capacidade de conciliar estudos e trabalho, o EaD se firma como um pilar essencial para a formação de profissionais qualificados e para o fortalecimento da mobilidade social.

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