Foto: divulgação
Desde o início da pandemia, há pouco mais de um ano, especialistas apontam que o número de dependentes químicos dobrou em todo o Brasil. De acordo com dados da Unidade de pesquisas em álcool e drogas (UNIAD), além do crescimento, foi percebido também que houve uma mudança de público, onde as mulheres colaboraram para esse crescimento. Um dos fatores que tem contribuído com esse aumento é o fato das pessoas estarem mais tempo em casa, entediadas, muitas delas tem buscado certo animo através do excesso de bebidas alcoólicas entre outras drogas lícitas ou até mesmo ilícitas.
“Tudo isso, em longo prazo, pode gerar uma dependência química que é caracterizada pelo uso sem controle de determinado produto, provocando um sofrimento clinicamente significativo, manifestado por três ou mais sintomas e sinais nos últimos doses meses, como explica o psicanalista especializado em dependência química, Fabrício Selbaman.”
O primeiro sintoma característico é a compulsão, onde o individuo usa em grandes quantidades ou em períodos maiores que os intencionados a bebida alcoólica, por exemplo. Logo em seguida vem a tolerância, que é a capacidade do fígado metabolizar onde está. É o aumento constante para atingir o mesmo nível de embriagues. Após os dois pontos iniciais, o individuo pode atingir a síndrome da abstinência, onde pode passar a tremer os membros inferiores ou superiores, obcecado em busca da droga, seguido do quarto ponto, onde o mesmo entende que o vício está prejudicando o seu bem estar, mas não consegue parar. Esses são apenas alguns dos pontos citados pelo psicanalista especializado em dependência química, Fabrício Selbaman, que levam uma pessoa a está com dependência química.
Tratamento
Ainda segundo Fabrício Selbaman, “a escolha de tratamentos para dependência química começa com um diagnóstico criterioso e precoce, realizado por uma equipe multidisciplinar, que deve levar em consideração as especificidades de cada caso. A partir daí, é montada uma estratégia de tratamento personalizada, que deve ser revista sempre, visando o atendimento das múltiplas necessidades do paciente e a reorganização de sua vida como um todo, enfatiza o especialista.”
Os principais entraves para a busca de uma orientação especializada são a negação da doença, a falta de apoio e o medo do estigma social negativo. Além disso, muitos amigos e familiares não sabem como ajudar um dependente químico ou desconhecem a existência de tratamentos especializados. Alguns exemplos de tratamentos são por meio da desintoxicação, outro método utilizado é os medicamentos, a psicoterapia, internação voluntária, involuntária ou compulsória, que é a internação determinada pela justiça a pedido de um médico.
Ainda sobre os mais diversos tipos de internação, Fabrício Sebman diz que, hoje, a própria legislação brasileira fala que é necessária uma intervenção|internação por no mínimo 90 dias.
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