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Durante o mês de maio, diversas organizações de todo o mundo buscam conscientizar a população sobre o Câncer de Ovário. Unidos em prol desta causa desde 2013, o dia 8 de maio, é considerado a data mais importante para as mulheres acometidas pela doença, pois é o momento em que as ações solidárias para conscientizar a população sobre as formas de prevenção e tratamento acontecem.
Em geral, os tumores de câncer de ovário são identificados em fases mais avançadas e os sintomas são muito inespecíficos, como aponta o oncologista Alexandre Sales, “a mulher pode notar um desconforto na digestão, como se estivesse empachada, pode ter prisão de ventre, aumento no volume da barriga, sintomas que, muitas vezes a mulher não dá importância e, quando vai procurar atenção médica, em geral, já são tumores diagnosticados em estado bem avançado”.
Este é um tipo de câncer que não tem rastreamento, diferente do câncer de mama e do de cólon uterino, por exemplo, que são doenças rastreáveis com mamografia, com colpocitologia oncótica ou exame de lâmina. “Porém, quando a mulher tem o hábito de ir ao ginecologista frequentemente, durante o exame físico e até mesmo em exames complementares, como a ultrassonografia, pode, eventualmente, ter o diagnóstico de um tumor de ovário em um estágio inicial”, explica o especialista.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que cerca de 250 mil mulheres recebem o diagnóstico de câncer de ovário todos os anos no mundo e 140 mil morrem por causa da doença. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum no Brasil e estimativa de casos novos é de mais de 6 mil por ano.
Em relação aos fatores de risco, os principais são o histórico familiar e a idade, mas também são levados em consideração fatores reprodutivos e hormonais, genéticos e o excesso de peso corporal. “Para evitar o problema, é importante que a mulher mantenha uma rotina saudável de vida, com atividades físicas e uma dieta balanceada”, ressalta Alexandre Sales. Sobre o tratamento, ele pontua: “em geral, o tratamento mais recomendado e inicial é o cirúrgico; a paciente precisa ser avaliada por um cirurgião oncológico e, dependendo do estágio da doença, o tratamento pode ser complementado com sessões de quimioterapia”.
Assim como para outros tipos de câncer, existe a possibilidade de cura também para o de ovário. “São muitos os avanços em relação aos procedimentos cirúrgicos e aos tratamentos sistêmicos. No caso das mulheres com um quadro irreversível da doença, estes aspectos têm contribuído para que elas venham a ter mais anos de vida; já para aquelas que estão no estágio inicial do câncer, a estimativa de cura é bem maior”, conclui Sales.
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